Certificação Natural

A certificação de produtos naturais é um termo que se refere a um processo específico onde produtos cosméticos derivados de fontes naturais, como plantas , minerais ou animais , são avaliados e verificados para atender a certos padrões ou critérios de acordo com a certificadora.

Apesar de andarem de mãos dadas, as certificadoras possuem algumas diferenças nos parâmetros e requisitos para obter-se determinado selo.

Simplificando, um produto cosmético orgânico é aquele que contém ingredientes originários de práticas de agricultura orgânica (como rotação de culturas ou uso de composto em vez de fertilizantes químicos). Este conceito está, portanto, intimamente conectado aos padrões alimentares e agrícolas.

Enquanto isso, o conceito “natural” se refere à formulação de um produto que contém a maioria dos ingredientes provenientes de recursos naturais e que foi fabricado usando processos verdes permitidos. Alguns ingredientes naturais comuns incluem água, minerais e agro ingredientes processados ​​fisicamente (como extratos de plantas, óleos vegetais ou fito ativos purificados). Enquanto um produto orgânico é sempre natural, um produto natural nem sempre é orgânico. 

Uma das certificadoras mais conhecidas são a COSMOS, que no Brasil a certificação se faz pela ECOCERT.

É uma das certificações mais populares em cosméticos naturais e orgânicos ao redor do mundo.

Este padrão oferece certificação de cosméticos e certificações/aprovações de matérias-primas . Ele se preocupa não apenas com ingredientes naturais e orgânicos, mas também com a sustentabilidade e o uso de ingredientes que são seguros tanto para o meio ambiente quanto para os humanos.

Ela define cinco categorias de ingredientes para produtos cosméticos: água, ingredientes minerais, agro ingredientes processados ​​fisicamente, agro ingredientes processados ​​quimicamente e outros ingredientes.

Os requisitos para produtos cosméticos com certificação COSMOS também estão relacionados a riscos à saúde e ao meio ambiente, sustentabilidade e origem e processamento de ingredientes. Ela proíbe o uso de biotecnologia geneticamente modificada (ingredientes OGM) e matérias-primas sintéticas (com algumas exceções). Ela também regula o óleo de palma, óleo de palmiste e seus derivados, que devem ser certificados como sustentáveis ​​(CSPO).

Existem outras certificadores como por exemplo a NATRUE. Esta certificação é amplamente reconhecida em alguns países como a Alemanha e fornece uma dos mais altos padrões de qualidade do setor. Disponível para produtos brutos e acabados, esta certificação divide os permitidos ingredientes em 3 categorias: substâncias naturais, substâncias naturais idênticas e derivadas substâncias naturais, todas as quais devem ser não-OGM (organismos não geneticamente modificados). A norma fornece então diferentes categorias de produtos, nenhuma das quais permite a adição de água a serem incluídos nas porcentagens. Na verdade, a água só é considerada substância natural se deriva diretamente de uma fonte vegetal (ou seja, é obtido diretamente de vegetais sucos): Cosméticos naturais. Devem conter um determinado teor mínimo de substâncias naturais e o teor máximo de substâncias naturais derivadas para diferentes tipos de produtos (óleos para cuidados com a pele, perfume, shampoo…) Cosméticos naturais com porções orgânicas, onde 70% das substâncias naturais e derivadas naturais provêm de processos orgânicos controlados. Cosméticos orgânicos, onde esse percentual chega a 95%.

Abaixo vou deixar alguns links das certificadoras e seus parâmetros de certificação.

NATRUE https://natrue.org/uploads/2024/03/EN-with-benefits-RM.pdf

COSMOS https://www.cosmos-standard.org/en/documents/